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11 de fev. de 2013

ENDODONTIA I: Oregon modificada (Preparo químico mecânico-PQM)

A técnica de Oregon Modificada é utilizada no preparo químico mecânico dos dentes amplos e retos. O estudo a seguir tem explicando passo-a-passo a realização da técnica, seu objetivo e suas regras.

ACESSE O CONTÚEDO COMPLETO EM PDF A SEGUIR:






TÉCNICA DE OREGON MODIFICADA PREPARO QUÍMICO MECÂNICO – PQM PQM de DENTES AMPLOS E RETOS. 

Os objetivos desta técnica são: MODELAGEM e DESINFECÇÃO. 

Modelagem: Alargar e alisar as paredes dentinária do canal radicular, atribuindo-lhe conformação CÔNICA. Feitas com instrumentos MANUAIS e ROTATÓRIOS
Desinfecção: A desinfecção serve para neutralizar no sentindo coroa/ápice sem pressão o conteúdo tóxico do canal radicular. Essa desinfecção é realizada com substâncias químicas.

Passo-a-passo para a realização do PQM. 
1. Radiografia inicial: Diagnóstico. 
2. Acesso: Broca esférica diamantada (1011, 1012, 1013, 1014, 1015 ou 1016) usada para ponto de eleição (esmalte), a broca esférica multilaminada (1,2,3 ou 4) para direção de trepanação (dentina) e a ENDO-Z para forma de conveniência.
Devemos usar para EXPLORAÇÃO a lima tipo K#10 ou K#15 em CAD-3. Em movimentos oscilatórios com pequenos retrocessos.
3. Preparo dos terços cervical e médio: Realizado com brocas Gates-Glidden em ordem DECRESCENTE de diâmetro, #5 #4 #3 #2 #1, em CAD-4.
 Observe que ao utilizar a lima para exploração será em CAD-3, e ao utilizar as brocas Gates para preparo do terço cervical e médio será ajustado o cursor em CAD-4. 
4. Odontometria: Técnica de Ingle modificada, obtendo o comprimento de trabalho. 

Passo-a-passo do preparo do terço apical: Limas tipo K em ordem decrescente de diâmetro, com movimentos de alargamento e limagem. Todas as limas devem ser ajustadas no CRT (Comprimento real de trabalho). 1. Lima #80: 10 a 14 movimentos com ¼ de volta e tração com pressão lateral (provavelmente não chegará ao CRT). IRRIGAÇÃO + IAF (INSTRUMENTO APICAL FORAMINAL) NO CRD (COMPRIMENTO REAL DO DENTE). 2. Lima #70: 10 a 14 movimentos com ¼ de volta e tração com pressão lateral. IRRIGAÇÃO + IAF (INSTRUMENTO APICAL FORAMINAL) NO CRD (COMPRIMENTO REAL DO DENTE). 3. Lima #60: 10 a 14 movimentos com ¼ de volta e tração com pressão lateral. IRRIGAÇÃO + IAF (INSTRUMENTO APICAL FORAMINAL) NO CRD (COMPRIMENTO REAL DO DENTE). Vai diminuindo de diâmetro das limas em direção apical até o cursor chega ao seu ponto de referencia, chegando ao seu CRT. Vamos a um exemplo: 4. A primeira lima a chegar no CRT será chamada de IAI (Instrumento apical inicial), no exemplo acima a lima que alcançou o CRT foi a lima #50, sendo então a lima #50 meu IAI. Ao obter o IAI será confeccionado o BATENTE APICAL. Confecção do batente apical: TÉCNICA SERIADA CONVENCIONAL: No CRT (comprimento de trabalho), deve-se instrumentar 3 limas acima do IAI (ordem crescente de diâmetro), até atingir no mínimo #30. No exemplo acima, o IAI foi #50, então vamos usar as 3 limas acima: #55 #60 #70 para formar o batente apical. A última lima usada no CRT, no caso a lima #70, será o IM (instrumento memória). 

CAD (Comprimento aparente do dente) 
CRI (Comprimento real do instrumento) 
DAI (Distância ápice instrumento)
CRD (Comprimento real do dente)  
CRT (Comprimento real de trabalho) 
IAI (Instrumento apical inicial) 
IM (Instrumento memória)
IAF (Instrumento apical foraminal)

Nesta técnica (Oregon modificada) há menos chance de extrusão de material contaminado para a região periapical. 


OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:  O preparo deve ser de forma cônica-afunilada em sentido apical, dentro do canal dentinário. 
O IAF (Instrumento apical foraminal) também chamado de INSTRUMENTO PATÊNCIA, deve ser usado no CRD (comprimento real do dente),ele vai realizar a LIMPEZA do forame, irá prevenir o acúmulo de raspas de dentina no terço apical que poderá comprometer o preparo, e o IAF deve ser o MESMO que foi realizado a EXPLORAÇÃO. 
Uma Odontometria e PQM (preparo químico mecânico) MAL FEITOS podem causar danos periapicais, perfurar o canal, formar zips, degraus e transposição de forame. 
Devemos procurar atingir a região apical com todo CUIDADO para evitar a extrusão de restos necróticos, microrganismos e soluções irrigantes. 
NUNCA se deve instrumentar um canal seco, ele deverá estar SEMPRE inundado pela solução irrigadora. 
A cada instrumentação o canal deverá ser irrigado com a finalidade de desprender as raspas de dentina e resíduos desprendidos do canal.

FIM.

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